27 Dec
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“É preciso que o rio Cabaçal, que o rio Sepotuba, estejam livres para que possam cumprir a sua função que é proporcionar vida e vida em abundância no Pantanal e vida para todos os seres vivos, porque justamente proporciona a água.”

Diante da situação de destruição do Rio Paraguai, agravada pelo intenso período de seca, incêndios e pandemia que aconteceram no último ano, 2020 e 2021, surge a Campanha RIOS LIVRES lançada no evento festivo denominado O RETORNO DAS ÁGUAS: Primeiro encontro de Canoeir@s e Caiaqueir@s do Pantanal, em Cáceres/MT. O encontro teve como objetivo realizar um percurso pelo rio Paraguai para comemorar o retorno das águas reunindo diferentes grupos sociais nesse período marcado pelas chuvas das cheias do Pantanal, e também protestar contra os empreendimentos que vem avançando como a Hidrovia Paraguai Paraná (HPP), instalação de portos hidroviários, de hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em rios tributários do Rio Paraguai como os rios Jauru, Cabaçal e Sepotuba, que se originam nas nascentes das cabeceiras do Pantanal que abastecem as Áreas Úmidas (AUs).

A cidade de Cáceres em Mato Grosso, localizada na Bacia do Alto Paraguai (BAP), tem o rio Paraguai como principal cartão postal e ao mesmo tempo palco de polêmicas audiências públicas, algumas de pública só tem o nome, pois falta a participação da população local. 

O Rio Paraguai é usado em promessas gananciosas, de grandes empresários, que prometem emprego e bons salários às pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas na verdade é um meio de exploração dos recursos naturais com impactos ambientais negativos irreversíveis que deixam rastro de morte e miséria por onde passa, acaba com os peixes dos rios e tira o sustento de ribeirinhos, pescadores e comunidade local, além de afetar o equilíbrio de todo um sistema natural destruindo a biodiversidade do pantanal colocando a vida o bioma em risco.

Município de Cáceres à beira do Rio Paraguai.

Muitas vezes o governo e o agronegócio apontam caminhos enganosos de prosperidade para avançarem com empreendimentos como a Hidrovia Paraguai Paraná (HPP), instalação de portos hidroviários, de hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em rios tributários do Rio Paraguai como os rios Jauru, Cabaçal e Sepotuba, que se originam nas nascentes das cabeceiras do Pantanal que abastecem as Áreas Úmidas (AUs). Na verdade estes empreendimentos vão enriquecer poucas pessoas a custas do empobrecimento de milhares e ainda matando os rios e toda vida que depende deles. 

O encontro tem como um dos objetivos realizar um percurso pelo rio Paraguai para comemorar o retorno das águas reunindo diferentes grupos sociais nesse período marcado pelas chuvas das cheias do Pantanal (novembro-março), nesse momento que o bioma se recupera após um intenso momento de seca, incêndios entre outros impactos ambientais que sofre incessantemente. 

O período das chuvas é importante para manutenção do bioma. Pois, é neste momento e por meio das águas que se inicia a recuperação de todo ecossistema pantaneiro que padeceu com a seca extrema e os incêndios ocorridos neste ano. O ciclo de cheia e seca é o responsável pela manutenção do bioma, para que ele ocorra é preciso que os rios estejam saudáveis e livres, ou seja, sem intervenções. Instituto Gaia perguntou para alguns participantes o que este evento significa eles o Retorno das águas, o encontro das pessoas no rio Paraguai e a campanha Rios Livres.

O RETORNO DAS ÁGUAS E A FESTIVIDADE

Largada do passeio dos Canoeir@s e Caiaqueir@s do Pantanal.

Retorno das Águas tem siriri e canoas decoradas -https://youtu.be/xy0nMVBzEmA


Cláudia Regina Sala de Pinho (Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneira): “O evento Retorno das Águas, onde houve o encontro dos canoeiros e canoeiras, foi uma forma de agradecer toda a grandiosidade do Rio Paraguai e também fazer uma reflexão sobre os impactos que o Pantanal e o Rio Paraguai, e os rios que desaguam no Paraguai nos últimos tempos.  

Foi uma oportunidade única de comemorar o retorno das águas e as chuvas que tanto tem acalentado momentos difíceis da extrema seca. Foi um momento de reflexão também, pudemos perceber que muitas pessoas se importam com esse lugar, com os lugares do Pantanal. 

Claudia Regina Sala de Pinho ao lado do Sr. Lourenço.

Esse momento do retorno das águas foi um momento de festividades, um momento para celebrar que o Pantanal está vivo, que o Pantanal renasce a cada período de chuva e que o Pantanal também nos propicia muitas coisas boas, muita fartura. Esse momento também continua sendo importante para pensar nos próximos passos da restauração ambiental ecológica, para que a gente tenha um futuro com muita biodiversidade e com água.  

A campanha, que nós das comunidades tradicionais e dos movimentos sociais, estamos dizendo que os rios que esses rios que desaguam no rio Paraguai e no Pantanal, eles precisam estar livres, estão sendo sufocados por empreendimentos, seja na parte alta como no rio Jauru com as PCHs, seja até mesmo no próprio rio Paraguai quando se propõe empreendimentos como os portos. 

 É preciso que o rio Cabaçal, que o rio Sepotuba, estejam livres para que possam cumprir a sua função que é proporcionar vida e vida em abundância no Pantanal e vida para todos os seres vivos, porque justamente proporciona a água.”


CAMPANHA RIOS LIVRES  E AS DENÚNCIAS

Imagens com faixas e escritos da campanha Rios Livres: Rio Paraguai Livre, Rio Sepotuba Livre e Rio Cabaçal Livre.

João Ivo Puhl (Instituto Gaia): Neste dia celebramos e confraternizamos no retorno das águas do Rio Paraguai. É com alegria e muita satisfação que o Instituto Gaia, a Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneira, as organizações dos pescadores, das comunidades tradicionais e também dos caiaqueiros de Cáceres, nos reunimos para este encontro a beira do rio Paraguai, na SEMATUR, para este ano tão significativo e importante. 

João Ivo Puhl.

Primeiro queremos celebrar o retorno da abundância da água do rio Paraguai que é a artéria principal do Pantanal, rega com suas águas todas as formas de vida, que aqui vivem e se reproduzem, a fauna, a flora, a ictiofauna, as comunidades tradicionais, as pessoas, que vivem e sobrevivem de seus recursos, mas é também um dia para a gente lembrar, relembrar e para denunciar as imensas e grandiosas agressões que o rio e o Pantanal vem sofrendo nos últimos 60 anos.  

Por quase 200 anos este ecossistema conviveu muito tranquilamente com a presença dos seres humanos. A partir da colonização, antes disso, há mais de 10 mil anos, os seres humanos manejavam, transitavam, pescavam, extraiam recursos, desses espaços sem grandes alterações e impactos antrópicos. Mas na década de 60 para frente, nós tivemos diversos impactos sobre esse ecossistema que começou a ter problemas mais recentemente, como as grandes secas, as queimadas e também o descontrole do ritmo das águas através das comportas que se constroem nas usinas hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas no rio Jauru. 

 Hoje nós estamos denunciando que nas cabeceiras que nascem em cima da serra, em cima da Chapada dos Parecis, onde exatamente está havendo um processo muito intenso de desmatamentos para a produção do agronegócio, da soja, que retiram toda a vegetação, removem o solo, enfiam um monte de produtos químicos nesse solo, para produzir uma monocultura ou capim ou soja ou cana estão empobrecendo o ecossistema e ameaçando ao mesmo tempo, os desmatamentos possibilitam maior ação das águas pelo processo de erosão e dos sedimentos que vão para os cursos d’água.  

Ao mesmo tempo, o desmatamento das nascentes impede a realimentação constante e original das nascentes, muitas dessas nascentes estão ameaçadas de secarem e desaparecerem. Esse processo é que está sendo denunciado nesse momento como um dos fatores muito importantes que ameaçam o ecossistema pantaneiro e ameaçam a continuidade dessa artéria é tão vital para as vidas que se alimentam nesse espaço.  

Outras ameaças são os agrotóxicos que são utilizados, os adubos químicos que vão penetrando no lençol freático, ameaçando a salubridade tanto dos animais, das plantas e dos seres humanos que acabam consumindo essa água, que vão se utilizando dela e vão sendo contaminadas. Uma grande fonte de ameaça são as hidrelétricas e as PCHs, além dos projetos de construção de portos e da Hidrovia Paraguai Paraná.  

Contra estes projetos que destroem, que ameaçam a vida e ecossistema, nós queremos hoje levantar a nossa voz, mas ao mesmo tempo que nós estamos aqui para denunciar, nós queremos também assumir compromissos ao fazermos este encontro celebrativo, de confraternização, nós também queremos assumir compromissos de defesa, de restauração e um compromisso de defesa principal é que os rios permaneçam livres.  

Por isso, lançamos essa campanha dentro do Pantanal, no Programa Humedales Sin Fronteiras, dos RIOS LIVRES, por enquanto os rios formam o Rio Paraguai na parte mais alta, os rios Sepotuba e Cabaçal, ainda estão livres de usinas hidrelétricas ou de PCHs, mas estão ameaçadas pelos projetos que estão sendo planejados.

 

Faixas da campanha Rios Livres

O rio Jauru já está comprometido com seis empreendimentos em funcionamento ou em andamento ou construção. Então nossa campanha é para que não haja intervenções desse tipo nos rios, nas nascentes do rio Paraguai e do Pantanal. Além disso a defesa de projetos de restauração, a busca da conscientização da população, através da educação ambiental, mas também de ações concretas de produção de mudas, plantio de mudas ou semeando sementes que possam nascer espontaneamente nas margens desses córregos, no entorno das nascentes e também projetos que podem se tornar agroecológicos, produzindo como agroflorestas no processo de combinação de plantios de árvores frutíferas, mas também outros produtos que possam ser utilizados e manejados pelas comunidades tradicionais para a sua alimentação ou para produzir outros serviços ou produtos.  

Nesse dia nós queremos que todos se engajem de uma outra forma para que essa celebração, esse primeiro encontro para celebrar o retorno das águas, abundantes no rio Paraguai, seja um marco inicial de um compromisso profundo e com muitas atitudes em relação à prática de defesa do Pantanal.  

Também precisamos das ações do estado em seus níveis local, municipal, estadual e federal em defesa desse ecossistema tão importante, único no mundo pelas suas características físicas, químicas, mas também ambientais e pela presença humana. Levaremos daqui inúmeros compromissos para cuidar, para defender, mas também para recuperar o que já foi destruído.   

 A partir dessas falas, é perceptível que o momento é de extrema importância para enfatizarmos que precisamos dos rios do Pantanal livres, refletir sobre a importância dos Rios Livres de ameaças e que o pulso de inundação siga seu ritmo das águas do Pantanal. De caráter festivo e simbólico, o evento reuniu pessoas de comunidades e estilos de vida e cultura diferentes que vivem ou vem de longe passear no Pantanal, que se utilizam do mesmo território e águas para o seu sustento e/ou lazer. 

O evento teve como ponto de partida e chegada a Praia do Daveron, onde contou com um espaço organizado para acolher os canoeir@s e caiaqueir@s e visitantes que prestigiaram o evento que contou com um pequeno espaço de exposição resgatando a história que deu origem as canoas e caiaques e algumas apresentações culturais. 

Espaço dedicado para contar a história da canoa.

A HISTÓRIA DA CANOA

Adão Eustácio de Morais cacerense, pescador nasceu em 12 de setembro de 1969, é a memória viva da vida do pescador do Rio Paraguai. Conhecido popularmente como Adãozinho, ele nos contou a história da canoa símbolo da Colônia dos pescadores de Cáceres onde se encontra.

Canoa feita da madeira da árvore Araputanga, tem aproximadamente 60 anos a Colônia dos pescadores é sua terceira casa sua história é contada por Seu Adãozinho.

 Origem e tradição

Na coisa dessa canoa ela foi.... O rapaz que fez ela, ele tem uma roça na beira do Rio Paraguai né. Ali no trecho do Jatobazinho com Três Rios. E nesse tempo que ele cortou essa madeira lá, e já ficou lá. Ele plantou uma roça aí ele fez uma canoa dessa a canoa da madeira que ficou lá no chão.

 E ele esse moço que fez a canoa era nativo, ele morava lá (Jatobazinho), quando se vê que é muito tempo, quando tocava roça e eles moravam na beira do rio, aí ele construiu essa roça lá, ficou essa madeira (Araputanga) no chão aí ele fez a canoa né. 

Com o tempo ele foi embora aí meu irmão como pescava lá, ele deu pro meu irmão. Aí meu irmão pescou com ele. Quando meu irmão ficou de idade a ponto dele não puxar porque ela é uma canoa pequena, aí ele deu pra mim. Como eu era jovem eu fiquei com ela né. E eu já eu, nasci na beira do rio, eu nasci ali perto do Sadao, então a gente sempre teve na beira do Rio né, então eu tinha mais movimento assim pra andar nela né, assim habilidade né. E eu trabalhava com ela (canoa).

Ele usou essa canoa por um período, não preciso quanto tempo ele ficou. Mas aí ele deu pro meu irmão. Na mão do meu irmão ela ficou de 10 a 12 anos. Aí ela veio pra mim, eu estava com 16 anos. Eu to com 52, e ela ainda vai pra alguns tempos mais. 

A tendência dela, eu não tenho precisamente quantos anos ela tem só que na minha mão de 16 anos e mais uns 12 ou talvez até mais na mão do meu irmão ela tem né. Porque também quando eu trabalhava nela, no Rio Paraguai eu descia, pra lá pa esse lugar lá (Jatobazinho) e ficava uma semana não com encontrava ninguém, então não tinha, muita maré no rio

Designer da canoa

O feitio da canoa era uma canoa que não é fácil fazer ela porque ela, é, ela é boleada, só que embaixo ela não é boleada, ela é chata então, as pessoas pensa que ela é louca. Só que ela tem uma firmeza, que ela ão é isso aqui, tem pessoas com 90 quilos que já pescou nela, o seu Bugrinho pescou muito tempo nela. Ele falou rapaz eu admirei daquela, pra você ver ó, eu arrumava um isopor nela com água e eu tarrafeava de pé nela.

 Aquele rapaz que ele fez ela ele fez assim, no bico dela até um pedacinho é boleado, daí pra traz, ela é chata, é uma canoa, e ela quando ela era nessa grussura, ela tinha base uns 10cm de grossura, ela ficando velha e ela foi gastando, você pode olhar que ela já está bem fininha. Ela foi gastando roendo, roendo e ficou daquela finura. Eu tirei de alguns lugares no meio dela que era muita madeira. Os bancos era grosso, eu ainda biquei, ela era mais cumprida um pouquinho, então ela é bem antiga né.

 Aventura

Eu vinha de lá dos Três Rios do Recanto aqui, esse era nossa viagem o Sadao, ali que nós parava, cheguei de vir aqui na Ponte nela. Nós saia lá do Três Rios que é mais embaixo, nós saia de lá seis horas da tarde, quando era quatro e meia da manhã nós tava no Sadao, esse era nossa viagem.

 Um dia um policial chegou no mim na boca da baia e falou “Rapaz, ocê tá tarrafeando nessa canoa?” eu falei – Eu tô!!!. Ele não acreditou, ele falou, “Então fica de pé aí” eu joguei a tarrafa assim peguei o sairu (Isca) e abri o sairu assim, ele ligou o motor e saiu. É por causa da habilidade e o estilo da canoa né, ela é um estilo é diferente das outras né, porque tem umas canoas por ela ser pequena ela é louca né.

 Já afundei muitas vezes no rio com ela, só que ela como era uma madeira que não afundava eu só, pulava nela e segurava nela, ela pegava na onda assim  e ia embora, acompanhava  ela até eu caçar um lugar, poder esgotar ela e subir nela eu também ir embora, mas muitas vezes eu afundei mas só que ela não afundava , ela ficava submersa, por causa , é uma madeira que não encharca fácil né é uma madeira resistente. 

Quando nós encontrava entrava uma pessoa era uma alegria, então não tinha movimento. Então andamo bem nela, como ela é pequena, ela chegou num tempo que não dava, não suportava, mais pra mim andar nela, aí eu encostei ela, aí ela (D. Elza) pediu e eu trouxe pra cá.

Resistência

É o seguinte essa canoa ela, ela é uma madeira ela é, ela pra nós aqui ela é Araputanga (árvore) né. Ela é uma madeira que ela é uma eternidade essa madeira porque ela é uma madeira que hoje aqui ta raro ela né. Ela era chamada Araputanga né. E aí muitas pessoas pescou nela também. até o Jorge que é marido da Nilza já pescou com essa canoa. 

Aí Dona Elza um tempo agora, ela pediu pra mim pra, pra que dasse pra ela. Oceis tem de ver com ela quanto tempo ela ta com ela, que ela trouxe para cá né) e para ficar aí na colônia. Ela pediu pra mim ela falou – Adão daqui não está tendo mais dessa canoa, então dá procê arrumar ela, aí eu arrumei pra ela. 

Aqui na região não acha ,mais, acabou há muito tempo, eu mesmo não cheguei de ver nenhuma árvore dessa por aqui e essa tinha lá tinha muitas né e foi acabando. E ela é uma madeira muito aprovada, pra fazer móveis, fazer muita coisa. 

Agora ela é um símbolo, ela é bem bem antiguinha mesmo.

 

O evento foi marcado por vários momentos que chamaram a atenção das pessoas presentes no local e das que acompanharam pelas redes sociais. A principal atração foi o passeio de canoa e caiaque pelo Rio Paraguai no entorno da Ilha Castrillon. As embarcações foram conduzidas por pessoas das comunidades do pantanal e praticantes de esporte náutico, mulheres, homens e jovens de diferentes grupos sociais. 

Foram inscritas 120 pessoas nas categorias com embarcação e sem embarcação, circulando cerca de 150 pessoas durante todo o evento. Após a recepção dos participantes houve a fala inicial de alguns dos representantes dos grupos sociais presentes, seguido de ginástica laboral, café da manhã, registro de fotos e saída das embarcações, o passeio durou entorno de uma hora, é importante ressaltar que devido a pandemia da Covid-19 houve a distribuição/uso de máscaras e uso de álcool 70%.

Enquanto acontecia o passeio no rio, as pessoas inscritas sem embarcação permaneceram na praia participando de oficinas. As crianças desenharam e pintaram imagens com o tema pantanal e ao mesmo tempo aconteceu uma roda de conversa entre jovens e adultos que refletiram sobre “Como defender o Pantanal?”.

Crianças desenhando e pintando o Pantanal.

Roda de conversa com reflexões ente jovens e adultos respondendo como defender o Pantanal.


Após o passeio houve a entrega de prêmios, brindes, sorteios e lembrancinhas e em seguida aconteceram apresentações culturais com o grupo de Siriri de Cáceres, alegrando e encantando todos os presentes.

Apresentação Cultural Siriri.

Entrega de prêmios aos canoeir@s e caiaqueir@s do pantanal.

O ato contou com o apoio dos Jovens da Reserva da Biosfera do Pantanal, da agência de turismo Five Adventure, dos Caiaqueiros do Pantanal, Pantanal Caiaques, Agência Fluvial de Cáceres-Marinha do Brasil, Secretaria de Turismo e Cultura-SICMATUR, Águas do Pantanal, Cruz Vermelha, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. 

Durante a organização do evento o Instituto Gaia e a Rede de Comunidades Tradicionais Pantaneira, aproveitaram o momento para lançar, pelo Humedales Sin Fronteiras, a Campanha RIOS LIVRES, pensando na garantia do equilíbrio ecológico e socioambiental do Pantanal. Campanha que surge da necessidade de somar forças para defender as águas do rio Paraguai e seus tributários. 

A comissão organizadora avalia o evento como uma ação positiva, que apesar de não poder reunir grande número de pessoas, devido as preocupações sanitárias que se deve ter com a pandemia, conseguiu reunir vários grupos sociais com o mesmo objetivo de defender as águas, os rios, o Pantanal e as áreas úmidas. 

Por isso, além festivo o ato foi um chamado para futuros compromissos, alianças e atividades que envolvam mais instituições e grupos sociais em defesa da vida do Pantanal como um todo.

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