EXPERIÊNCIA AGROECOLÓGICA EM UMA ÁREA DE CERRADO E PANTANAL
No dia 12 de junho de 2021, o Instituto Gaia teve o prazer de conhecer de perto a experiência agroflorestal da jovem Maria Rita, 24 anos, formada em Gestão Ambiental pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Maria Rita faz parte dos grupos apoiados para o fortalecimento da agroecologia pelo instituto Gaia.
Durante a visita o Instituto Gaia levou algumas mudas produzidas no Viveiro Educador: canela de canela de ema(10), aroeira(10), ximbuva(5) e jatobá(5).
A Maria Rita faz parte dos grupos agroecológicos que atuam junto ao Instituto Gaia, ela nos disse:
"Acredito que a presença dos seres humanos no campo é essencial para que possamos aprender como nos encaixamos nessa incrível sinfonia orquestrada pela natureza. A missão é simples e clara: plantar florestas e colher comida e chuva" (Maria Rita).
A propriedade está localizada na zona rural de Cáceres e possui características dos biomas do Cerrado e do Pantanal, predominantemente.
"A área escolhida para a implantação da agrofloresta foi a de uma pastagem degradada, mas em estágios iniciais de recuperação, iniciada através do plantio de capim braquiária e feijão guandu" (Maria Rita).
A experiência iniciou há menos de um ano e já conta com um pequena roça experimental com espécies diversas.
"As espécies estão distribuídas em policultivo de consórcios como: abacaxi, arroz, banana, feijão guandú, mandioca, entre outras.
O foco do plantio se concentra prioritariamente na produção de biomassa e adubação verde para a formação e enriquecimento do solo.
Diversas práticas da agroecologia e da agricultura sintrópica são empregadas na área, como: cobertura do solo, estímulo à presença de microrganismos eficientes e benéficos, plantio e manejo das espécies conforme os estágios de estratificação e sucessão natural do ambiente, entre outros. Os próximos passos são a adição dos componentes florestais de espécies nativas e exóticas que desempenham diversos serviços ecossistêmicos, através da semeadura direta e do plantio de mudas, inclusive com as que chegaram através do Viveiro Educador!" (Maria Rita).
O projeto da Maria Rita, denominado "Xama Xuva", em breve receberá instalações de irrigação.
"A irrigação ocorrerá através de gotejamento, prezando pelo uso racional da água na etapa de estabelecimento das espécies florestais e frutíferas. O objetivo é que após o crescimento inicial das árvores, a irrigação possa dispensada, uma vez que o solo coberto constantemente e o microclima da área garantirão a umidade necessária para o desenvolvimento das plantas" (Maria Rita).
Após passar por um período de incêndios em 2020 e falta de chuva, o Pantanal tem passado por sérios momentos de seca, somado à diversos impactos ambientais antrópicos agravando a crise climática e escassez hídrica.
"A falta de chuvas afetou o desenvolvimento pleno das espécies na agrofloresta, que ainda resistem por conta da cobertura do solo" (Maria Rita).
Parabéns pela iniciativa Maria Rita, lindo trabalho, estamos juntos!
Confira em nossa galeria lindas fotos registradas durante a visita.
Observação: todas as pessoas presentes no local permaneceram ao ar livre, com distanciamento e usando PFF2